sábado, 9 de fevereiro de 2013

A tosa e a sonda



Anúbis sempre foi um cachorro lindo. Seus pelos longos chamavam a atenção das pessoas na rua. Mas em momentos como esse é preciso ser racional. Por questões de higiene dele, saúde e também de praticidade com a nova rotina dos rins e do intestino, tosar a parte traseira se tornou necessidade. Foi pena ver passar a máquina naquele rabo de espanador, mas havia prioridades a considerar.

Além da perda do movimento das patas Anúbis parou de fazer suas necessidades por conta própria.  Como ele estava sem comer havia alguns dias, um dos veterinários me pediu cautela, pois as fezes poderiam ainda estar se formando.

A falta de urina era preocupação. Depois de exames de sangue, perfil renal, entre outros, verificou-se que no geral corria tudo bem. Como não havia movimentação na parte de baixo, a urina foi retirada com sonda. Mais de 300 ml, que eu teria de fazer todos os dias, preferencialmente duas vezes por dia. Na clínica fui ensinada a fazer o passo a passo da retirada.


Fiquei surpresa de como eu peguei o jeito logo de cara. Acertei na primeira, mas é um procedimento muito delicado com sonda e seringa. Por essa delicadeza optei por não ensiná-lo aqui. Se não for bem feito pode machucar e facilitar infecções renais. A dica é apenas que é possível e fácil fazer a retirada da urina em casa, mas é fundamental que o procedimento seja ensinado e acompanhado pela primeira vez por um veterinário.


Tudo era incerto e eu não sabia quem estava mais assustado, ele ou eu. Um dos veterinários  me alertou da possibilidade de  sacrifício caso o câncer estivesse em estágio mais avançado do que se poderia imaginar com os exames.

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